Meu nome é João Caetano, mas todos me conhecem por Joca. Eu adoro brincar junto à natureza – correr, procurar insetos no jardim com a minha lupa, sentir o perfume das flores e ajudar minha mãe a regar as plantas da nossa pequena horta. Moro em um sobrado com ela e duas irmãs gêmeas, que são menores que eu. Elas fazem muita bagunça e adoram mexer nas minhas coisas, mas eu não vivo sem elas.
A nossa hora preferida é quando vamos dormir e minha mãe chega com um livro de histórias. Ficamos bem quietos escutando a história até dormirmos.
Meus avós, pais da minha mãe, têm um sítio com muitos animais. Sempre vamos para lá nas férias. Eu adoro ajudar a tirar leite de vaca e passear livremente pelos campos. Também adoro os animais; lá tem muitos, mas os meus preferidos são os porquinhos. Sempre que chego ao sítio, corro para vê-los fazendo bagunça. Uma noite, minha última noite de férias, estava arrumando minha mala e um deles apareceu na porta. Ninguém entendeu como ele saiu do chiqueiro e foi parar lá. Ele fez uma sujeira enorme pela casa, espalhando lama por toda parte, e minha avó ficou furiosa; mas, depois, ela começou a rir, porque ela o espantava e ele corria de volta para a porta do quarto.
Na mesma hora, encontrei um nome para ele; batizei-o de Lama. Então, conversei com minha avó, dizendo que o Lama queria ir embora comigo para a cidade. Minha avó riu, mas, depois de conversar comigo, ela aceitou. Fizemos um plano: primeiramente, falaríamos com o meu avô e, depois, nós três falaríamos com minha mãe. E assim foi feito. Depois de várias reclamações e protestos, Lama conseguiu a permissão de passar um tempo comigo na cidade. Então, viemos embora trazendo no carro meu grande amigo.
Aqui em casa, ele tem um jardim grande para ficar e um espaço de terra que, quando chove, fica com lama — e ele adora rolar na lama. Acho que ele gostou da nova casa e está bem feliz! De vez em quando, ele vai passar um tempo no sítio para matar as saudades dos outros porquinhos.